Próximo Destino: Jokkmokk

De Kiruna pegamos a E10 e a 45 em direcao a Jokkmokk (comecando nossa descida em direcao sul novamente).

Praticado na auto-estrada mesmo, um esporte interessante: roller skiing ou nordic blading. Uma mistura de patins (mas mais compridos, tipo um esqui com rodas) + os sticks de nordic walking

O dia estava cinzo, mas as paisagens continuavam lindas

Na beira do lago, uma casinha...

Entrada para o Parque Nacional Stora Sjöfallet

Em vários lugares encontramos esse capim engracado que se elevava como pequenos montinhos :-)

Mais uma casa 'embutida' na terra (eu acho que elas construídas assim para ajudar a isolar do frio)

Parada em Porjus para tirar foto da antiga usina hidroelétrica (que hoje é museu - também só aberto em junho, julho e agosto para visitacao :-) )

Muito fofo ter placas de trânsito para snowmobile :-)

Chegando em Jokkmokk, fomos direto para o nosso hotel (Hotell Gastis). Era o único que estava aberto na temporada em que chegamos, entao nao tivemos nenhuma escolha :-) O hotel em si até que era ok, mas o ambiente era muito estranho: nao havia ninguém na recepcao, só uns 4 caras na entrada fumando. Eles nos cumprimentaram e disseram que o dono ainda nao tinha aparecido naquele dia. Ok... Resolvemos sair para almocar, e voltar mais tarde.
Fomos na pizzaria da cidade (o único lugar aberto para almoco, e nao, nao era nada apetitoso...) e depois ligamos para o hotel. Caiu na casa do dono, que disse que estaria na recepcao em 15 minutos. Voltamos para o hotel, e novamente estava cheio de homens na frente, fumando e descansando. Muito estranho, nenhuma mulher a vista. Alguns eram alemaes, entao nós achamos que eles estavam lá para trabalhar, e estavam descansando (leia-se entendiando) no domingo. O dono chegou, fizemos o check-in, pagamos (aliás, algo muito estranho também: primeiro hotel em que pagamos na chegada) e fomos para o quarto. Eu nao gostei da atmosfera, e depois que achei cabelos no parapeito de dentro da janela, gostei menos ainda (me deu uma sensacao de meio sujo) :-( Mas era só por uma noite, e como era o único hotel aberto da cidade, resolvemos encarar.

Depois de uma soneca, fomos visitar a cidade. No meu guia, a cidade de Jokkmokk tinha duas estrelinhas (como sendo uma super atracao turística). Nós nao conseguimos decifrar o porque... Acho que a cidade é ponto de saída para vários parques nacionais. Mas, fora isso, nao vimos nada de interessante. Talvez no verao? Ou no inverno?

Igreja (com vááááárias janelas, deve ser super clara por dentro) e ...

... sua torre.

Cinema da cidade :-)

Plaquinha de rua (achei muito fofa, com as letras feitas em alto-relevo :-) )

Uma das atracoes da cidade é o Sami museu. Infelizmente, quando nao se planeja tudo de antemao :-), pode-se perder o horário de entrada (apesar que o pico de visitantes deveria ser no final de semana, nao? Nao entendemos muito bem esse horário das 10h-14h). De qualquer maneira, adoramos o tamanho dos números no letreiro :-D

Aliás, pausa para explicar sobre os samis. De acordo com o wikipedia, "os lapoes (ou sami ou saami) formam o grupo étnico nativo da Lapônia, abrangendo as regioes setentrionais da Noruega, Suécia, Finlândia e da península de Kola na Rússia. É um dos maiores grupos indígenas na Europa (sim, Europa também tem indío!), totalizando certa de 70.000 pessoas." A propósito, eu nao sabia, mas a mae da Renée Zellweger é sami!

Lado de fora do museu: exemplos de casas dos samis.

Essa, mais elevada, protegia dos ratos

Nessa era possível fazer uma fogueira no meio, e colocar as camas ao redor (eu abri a portinhola :-) )

Depois de dar uma volta pela cidade, compramos suco e muffins, e fomos fazer piquenique a uns 5km da cidade, pertinho de um lago. O dia estava lindo :-)



Voltamos ao hotel, descansamos novamente (afinal, férias sao férias, hehehe), e fomos jantar no Restaurang Smedjan (que nao abria ao meio-dia, mas abria de noite).

Do lado de fora, o prédio nao prometia...

... já por dentro, era uma gracinha!

Eu adorei os detalhes...

... da decoracao.

O local era mais uma lanchonete do que restaurante, mas a comida era deliciosa, caseira, e feita pela dona (que era uma simpatia). Adoramos, foi uma grata surpresa em Jokkomokk!

Hamburguer (nhac-nhac) com...

... cerveja para namorido. Ele experimentou uma local: Mariestads

Ainda em Kiruna

Para dar tempo de passear pela regiao, resolvemos ficar duas noites em Kiruna. Eu tinha lido no tripadvisor que é preciso marcar com antecedência qualquer atividade que se queira fazer em Kiruna. Eu dei uma pesquisada, e achei boas indicacoes para o Kiruna Guidetur. O problema é que as atividades ou acontecem no inverno (como passeios de snowmobile ou de trenó puxados por huskies) ou acontecem no verao (como subir numa montanha para apreciar o sol da meia-noite). Em maio, nadica de nada... De qualquer modo, em Lulea, ligamos para a companhia para ver se havia algum passeio ou tour disponível. A atendente ficou super surpresa que turistas iriam estar em Kiruna em maio, e disse que normalmente nao havia nenhum tour disponível. Mas, como ainda estava relativamente frio, ela checaria com o pessoal que faz os tours com os huskies para ver se havia alguma possibilidade. E tinha! Entao ficou marcado um passeio de quadriciclo (quad) puxado pelos huskies. Ebaaaaaaaa!
No dia seguinte, as 10h, apareceu o guia no nosso hotel para nos buscar. O canil ficava perto de Jukkasjärvi (onde fica o Ice Hotel), entao andamos de carro com ele por meia hora até chegarmos ao local.
A primeira atividade foi trocar de roupa: vestimos sobretudos e botas para proteger as nossas roupas - tanto dos pêlos dos cachorros quanto da lama que respingava ao se andar com o quad (muita! Eu fiquei muuuuito suja!). Depois de devidamente vestidos, lá fomos nós para o canil. Os caes, no inverno, participam de dois tours por dia, puxando os trenós na neve. Já no verao, eles descansam (acima de 10°C já é muito quente para eles). Agora em maio, fazia duas semanas que eles nao haviam saído para nenhum tour. Quando os guias comecaram a escolher os caes que iriam conosco, eles ficaram que nem loucos: era um barulho ensurdecedor com 50 caes latindo histericamente! Mas, assim que os caes foram escolhidos, a situacao se normalizou (com excecao dos caes escolhidos: esses estavam doidos para que o passeio comecasse). O legal do tour foi que participamos de todas as etapas: entao uma vez que os caes foram escolhidos, namorido e eu que pusemos a trela neles. No início era difícil identificar o que era atrás e o que era frente na trela, e que pata ia aonde. Mas depois do terceiro cachorro, já comecamos a pegar prática :-)

Seis cachorros para puxar o quad e duas pessoas (em cada quad, um guia nos acompanhava). Os cachorros atrelados e mega impacientes! Lá no fundo, namorido...

... colocando a trela num deles.

O quad...

... com os cachorros atrelados e...

... prontos para a acao!

O quad é usado para treinar os cachorros a partir do mês de setembro, quando comeca a ficar frio novamente. Como a temperatura quando estávamos lá ainda era baixa (8°C), pudemos fazer o passeio. Normalmente, o quad puxado pelos caes nao é um tour, mas eles foram super simpáticos e abriram uma excecao para a gente :-)

No meio do passeio, pausa...

... para que os caes...

... pudessem esfriar um pouquinho (eles deitam na lama para que o corpo resfrie novamente).

Descanso!

Na volta, namorido e eu pudemos dirigir os quads (e os caes). Apesar do motor do quad estar ligado, nao se acelerava e os caes puxavam ele. Só que na subida era preciso acelerar, já que o peso era muito. Eu fiquei morrendo de medo de acelerar demais e atropelar a matilha inteira, já pensou? Mas deu tudo certo :-)

Chegando no canil, pausa para um lanche!

A comida era bem líquida - eu nao sabia que huskies nao bebem muita água, e por isso é necessário que a comida seja um sopao para hidratá-los após o exercício

Majestosos nos seus canis

Depois de levarmos os cachorros de volta até o canil, tirarmos a trela, e comermos um lanche, o guia nos levou de volta ao hotel. De lá, resolvemos explorar o parque nacional de Abisko.

Duas semanas atrás fez um calorao na regiao (entenda-se 25°C como calorao...) e o gelo comecou a derreter. Conseqüência: os rios estavam a toda...

... com direito a ondinha...

... e ondao :-)

Casinhas 'embutidas' na terra :-)

Alguém praticou tiro ao alvo na pobre placa de parking

E lá fomos nós, caminhar pela regiao...

...e tirar fotos :-) O tempo nao estava dos melhores, mas a regiao é muito linda!

Montanhas ainda mostrando um pouco de neve...

... e lagos descongelando.

Cinza azulado: ton sur ton

Montanhas majestosas ao fundo

Em Björkliden, fica o Hotel Fjället (é uma estacao de esqui também). É uma ótima opcao para uma pausa de almoco, com uma vista maravilhosa. Infelizmente, como viemos em maio, estava tudo fechado - entao nada de almoco :-)

A montanha láááááá ao longe...

... nao parece uma rampa de skate? :-)

E mais água, fruto do desgelo

Em alguns lugares da estrada havia placas alertando para risco de avalanche

E, uma decepcao: por todo nosso passeio pelo norte da Suécia, encontramos muito lixo (na beira da estrada e nao tao na beira assim). Achei que todos os países escandinavos fossem super limpinhos!

Nao dá para ver direito na foto, mas tinha lixo por tudo...

O degelo acabou formando...

... esculturas na rocha (ou sou só eu que tenho muita imaginacao? :-) )

De volta a Kiruna, tiramos uma foto da vista do nosso quarto:

A mina de ferro...

... é gigantesca!

Para almoco/jantar, fomos num bistro no centro da cidade.

A comida foi feita na hora e estava deliciosa: cevapcici :-)

De tardezinha, o tempo estava fechado...

... e bem escuro.

Mas na hora de dormir, o sol voltou a brilhar :-)