Thursday, February 26, 2009

Vale do Loire dia 2: Chenonceau

Antes de chegarmos ao Chenonceau, eu devorei a história do castelo no carro, e adorei! O castelo remonta ao século XIII. Mas, a história realmente começa a ficar interessante quando Henri II (rei da França de 1547 até 1559) decide dar o palacete para sua amante (19 anos mais velha) Diane de Poitiers, que adorou o presente (quem nao adoraria, hehehe). Foi Diane que mandou construir a ponte arcada, que liga o castelo à outra margem do rio Cher. Foi ela também que elaborou os jardins do palácio.
De acordo com wikipedia, Diane de Poitiers foi a senhora do palácio, mas o título da propriedade continuava com o rei (ou melhor, com a Coroa). Em 1555, depois de anos de delicadas manobras, Henri II finalmente conseguiu passar o castelo no nome dela. Eles foram amantes desde que ele tinha 14 anos (e ela 33!), e ela foi a grande paixao da vida dele (e vice-versa): a história deles é considerada 'one of the most powerful love affairs of the Renaissance'. Nao é lindo?

Porém, a história nao acaba aí. Em 1559, com a morte de Henri II (num torneio, onde teve o olho perfurado por uma lança, assim como parte do cerébro afetada: tragédia total!), a poderosa viúva e regente Catherine de Médicis decide que adora Chenonceau, e expulsa Diane do castelo. Como o castelo nao pertencia mais à Coroa, Catherine nao pode despropiar a propriedade totalmente, mas força a tadinha da Diane a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Chateau de Chaumont-Sur-Loire.

Catherine se muda para Chenonceau, e faz do castelo sua morada favorita. Ela também fez diversas melhorias, como um novo aposento exatamente por cima da ponte construída pela sua rival (Grande Galeria).

Grande Galeria

Outra curiosidade é o nome do castelo. Chenonceau (também conhecido por Castelo das Sete Damas) fica na cidade de Chenonceaux. Conta a lenda que, após passar por várias maos, o castelo virou propriedade de Madame Louise Dupin. Conforme wikipedia, o castelo nao foi destruído pela Guarda Revolucionária (Revoluçao Francesa) por ser essencial para as viagens e para o comércio por ser a única ponte que atravessava o rio Cher numa área de várias milhas. Outra razao para ser poupado, porém, é o fato de Louise ter trocado a ortografia do nome do dito cujo: de Chenonceaux para Chenonceau. Deixando cair o 'x' no final do nome, ela dissociava o nome do castelo como um símbolo da realeza, da república, agradando os aldeões durante a Revolução Francesa. Palmas para Madame Dupin!

Depois de ler toda essa história, chegamos ao castelo. Por dentro, adoramos a visita! Mas, por fora, deixou bastante a desejar... Para comecar, os jardins estavam totalmente em reforma! Aliás, era um jardim mesmo: um perfeito canteiro mas de obras, hehehe. Além disso, o castelo está passando por reformas (mais do que necessárias!!!), e já na entrada principal há um grande painel escondendo os trabalhos. Nao preciso dizer que os fotógrafos de plantao (namorido e Mí) nao ficaram muito felizes com isso, né? Entao, nao sei se foi o fato do jardim parecer um grande canteiro de obras, do dia estar cinza e o céu azul nao ter feito parte do cenário, ou do castelo estar em reformas por toda parte. Mas, Chenonceau nao foi aquela Brastemp toda que a gente esperava. As reformas do castelo vao demorar 30 meses. Quem sabe depois desse período, num dia de primavera ou verao, a gente nao retorna e dá uma segunda chance ao Castelo das Sete Damas? :o)

Lado esquerdo da entrada do castelo...

Namorido se encaminhando ao palácio

Chenonceau de ladinho

Flores na cozinha: adorei o ambiente!!!

Olha a quantidade de formas e panelas!!!


Num dos aposentos do castelo, há o monograma de Henri II (H) e Catarina (C). Só que o apaixonado do Henri, que amava e idolatrava sua Diane, deixou os Cs entrelacarem o H, formando um H (Henri) e D (Diane) juntinhos. L'amour é tao lindo :o)


H & C (ou H & D)?

Namorido e eu, circulando pelo castelo

Quarto das 5 Rainhas, em homenagem às duas filhas de Catarina e às tres cunhadas

Quarto da Diane de Poitiers

Quarto da Catherine de Médicis

Clicando!

Os canteiros dos jardins (sim, sem comentários, hahaha)


P.S. Para quem quiser ver todos os cômodos do castelo, vale a pena ir no site deles e fazer a visita virtual. Está super bem feita!!!
http://www.chenonceau.com/media/fr/histoire_visite.php#vr

5 comments:

Nina said...

Ai me Deus, minha filha tinha razao mesmo, eram todos uns loucos esses reis... queria um louco desse que me desse um castelinho básico tbm e que me amasse mesmo eu ja sendo uma coroa, aliás, outra coroa pra ele, né? :))))

reforma no jardim é sacanagem... mas qd vc for lá na primavera ou verão, daqui ha 30 meses, vai tá tudo lindo e florido.

Angie, o que eu acho legal por aqui é poder fotografar castelos e museus sem problema (pelo menos na maioria das vezes), isso é alegria dos fotógrafos né?

Um beijo querida

Silvinha said...

Cathérine de Médicis era ma... até que ela pegou leve com a amante do marido (as duas eram parentes).

Mas o troca-troca de propriedades era comum. Qdo Henri II ascendeu ao trono, Diane ocupou o lugar que pertencia à amante de François I, ficando mesmo com suas joias e terras.

Mas ela recebe hoje o selo de aprovação Pedo Bear :D

Beijo!

Cacá said...

Angie, que dó. Qdo vc vir aqui te mostro as fotos do Castelo qdo estivemos lá.
Essa grande galeria toda quadriculada de preto e branco é um deslumbre.

Beijos!

Anonymous said...

as fotos estão lindas... definitivamente é um lugar pra voltar outras vezes... beijinhos, Mí

Marcio Nel Cimatti said...

Que pena que o jardim não estava legal!

Muito legal o blog, belas imagens. Vou continuar acompanhando!

Abs!