Thursday, June 25, 2009

Dia 3 na África do Sul

No terceiro dia, aula a manha inteira (só pra variar...) mas dessa vez junto com a turma do MBA da Ashridge Business School (que também estava por lá por uma semana).

Depois de um almoco leve no alojamento, fomos para Stellenbosch visitar uma township. Na África do Sul, durante o Apartheid (que terminou em 1994), as townships eram as áreas urbanas reservadas para os nao-branquelos viverem (quem nao era branco nao podia viver na cidade).

Nós fomos visitar uma na periferia de Stellenbosch, e conhecemos a Fundacao Dreamcatcher.
"Dreamcatcher's work is to help people to help themselves out of the poverty trap and to bring lasting dignity, knowledge, skills, training and access to medical assistance and help, to women, their families and communities situated across South Africa. Furthermore to build universal peace through mutual respect and understanding between cultures and nations."

Nossa visita pela township foi feita com um guia (sem guia é impossível andar por lá). O legal é que ele falava super bem português, tanto por ter trabalhado seis meses com meninos de rua em Sao Paulo, como por ter uma namorada brasileira :o) Mundo pequeno esse!

Depois da visita, participamos de uma sessao de cook-up, que nada mais era do que ajudar a preparar pratos típicos da regiao. Fomos divididos em dois grupos, e cada grupo foi para uma casa diferente, dentro da township, cozinhar. Na verdade, a gente mais atrapalhou que cozinhou, e quase tudo já estava pronto :o)
O legal do cook-up, mais que cozinhar, foi poder bater papo com as pessoas que moram ali há muito tempo. A senhora mais velha da casa me disse que há pouco tempo atrás ela ainda nunca havia tocado num homem branco. E que, quando eles caminhavam pela cidade na época do apartheid, era preciso pendurar um cartazinho no pescoco com a sua identificacao. E foi contando histórias dela, super interessante! Uma coisa é ler sobre o apartheid. Outra, bem diferente, é escutar quem vivenciou tudo aquilo.


Stellenbosch ao fundo - foto tirada da township

Na sede da Fundacao Dreamcatcher, eles ensinam várias coisas. Dentre elas, o tear :o)

Essas casas foram construídas pelo governo, e eram usadas pelos trabalhadores. Mas, na township, a maioria das casas sao estilo barraco mesmo.

Pao cozinhando no vapor: era uma delícia, bem fofinho!

Nossa refeicao para experimentar...

... os diferentes tipos de comida típicos da regiao (como o tchaka-laka - eu adorei o nome, hehehe)

Da township (lá pelas 17h) fomos até o centro de Stellenbosch para olhar algumas lojas com souvenirs e caminhar um pouco pela cidade. A reserva do restaurante era para as 19h (sim, ainda havia janta marcada para o mesmo dia, apesar de ninguém mais estar com fome, hehehe), mas como estava muito frio (era inverno, e estava muuuuito frio!!!), eu e mais duas colegas entramos num pequeno bistrot e tomamos uma bebida. Seguindo a sugestao da poderosa Marcinha, eu pedi um Dom Pedro (que é considerado tanto uma bebida quanto uma sobremesa). E é uma delícia!!! Adorei a dica!

É uma espécie de milkshake...

... com amarula (licor típico da África). De lamber os beicos, hehehe.

As 19h encontramos com todo mundo no restaurante Wijnhuis. A comida estava ótima, e o ambiente do lugar é super aconchegante!!!

Wijnhuis

Meu prato: filé fatiado com azeite de oliva, alho, chilli e ervas, acompanhado de rúcola

[beef tagliata - seared, sliced sirloin served with rocket. Tagliata aglio olio - olive oil, garlic, chili & herbs]


Pra acompanhar, um Shiraz. Eu nao entendo nada de vinhos, mas aprendemos que duas excelentes safras de vinho sul-africano foram a de 2003 e 2004. Entao já sabem: se quiserem impressionar alguém, só pecam vinho sul-africano desses anos, hehehe :o)


De sobremesa, chocolate mousse & amaretto cream. Estava dos céus, mas como era uma bomba calórica, comi metade e passei adiante :o)

E, para acompanhar, um vinho de sobremesa (porque caloria pouca é bobagem, hahaha)


De barriga cheia, cantando e alegres, voltamos para o alojamento para uma merecida noite de sono.

5 comments:

Silvinha said...

é realmente incrìvel escutar històrias que, apenas lidas, jà nos chocam. Quando damos rosto às pessoas que viveram tanto preconceito...

Caramba, quanta comida p/ uma dia sò! :D

Beijo!

Katia Bonfadini said...

Oi, Angie! Seus posts são uma deliciosa viagem... E adoro as fotos dos pratos e das bebidinhas... Sobre o "cook-up", eu tinha visto algo parecido num programa que passa no canal Multishow, o "Mundo afora", onde a apresentadora Gisele Itié passou por uma experiência parecida e jantou na casa de uma família sul-africana. Eu adoraria isso!!! Adoro conversar com os locais e saber o que pensam verdadeiramente, como agem, quais seus costumes etc... É como uma aula que a gente nunca esquece! Vê se dá uma passadinha lá no Criative-se, tô com saudades dos seus comentários! Beijoca!

Claudia Pimenta said...

oi angie! deve ter sido uma experiência incrível mesmo... e deliciosa (risos)! bjs, querida!!!

Cacá said...

Angie, adorei esse seu dia, cheio de momentos interessantes como a conversa com a senhora que viveu o Apartheid, poder cozinhar os pratos típicos do local junto deles, as comidas e bebidas, uau! :)
Uma viagem incrível!
Beijocas!!!

Nina said...

cantando alegres?? ahaha, que barato!!

eu ADORO rucula!