Thursday, March 25, 2010

Série India - capítulo 1

Chamar esse post de série Índia é pura presunçao. Como a viagem foi a trabalho (uma semana de estudos do MBA passada em Bangalore, com muita aula e pouco passeio), deu para ver pouco e, exclusivamente, só Bangalore - que está longe, muito longe, de ser uma cidade turística. Entao todas as cores e sabores da India vao ficar para uma próxima viagem - acompanhadérrima de namorido que, dessa vez, acabou ficando em casa (saudades, muitas saudades!).

Quanto a hospedagem e visitas pela cidade, já estava tudo organizado pela universidade entao nao precisei pesquisar nada de antemao. Mas fica a dica do vôo: os precos da Emirates eram 60% (SESSENTA POR CENTO) mais baratos do que os vôos da Lufthansa! Tendo em vista que o servico de bordo da Emirates é ótimo, e que os avioes raramente atrasam, foi um ótimo achado!

Os últimos preparativos ainda incluíram as vacinas necessárias, plugs para tomada (que sao diferentes do padrao europeu), comidinhas secas (frutas secas, barrinhas de cereais e bolachinhas salgadas) caso desse algum problema de barriga (leia-se diarréia das brabas), e paninhos, vários paninhos desinfetantes (que as condicoes de higiene, conforme relatos que li e ouvi, nao seguem os mesmos padroes daqui).
Um detalhe que eu nao sabia de antemao é que nao é permitido entrar no país com a moeda indiana (rúpia) ou sair do país levando a moeda. Os únicos que podem fazer isso sao os próprios indianos que vivem em outros países. Isso possibilita com que se possa comprar a moeda deles no exterior nos bancos (por exemplo, Deutsche Bank), mas que é proibido entrar com ela na India. De qualquer forma, no aeroporto em Bangalore era possível, sem problemas, trocar dinheiro ou tirar dinheiro de um caixa eletrônico.

De malas prontas, no sábado (13 de marco) lá fui eu para o aeroporto de Düsseldorf junto com namorido. O vôo saiu às 14h40 e chegou as 23h59 em Dubai. De lá, pegamos a conexao às 3h40 e chegamos às 8h50 de domingo na Índia. A diferenca de fuso horário para a Alemanha é de 4 horas e meia.

Aeroporto de Düsseldorf

Chegamos às 8h30 da manha e o ônibus da universidade (Indian Institute of Management Bangalore) já estava nos esperando. Calor de 34° C nos aguardando, e um trânsito, mesmo sendo domingo, de louco! Primeira regra da cultura indiana: no trânsito, é tudo na base da negociacao. Você vai devagarinho, espera: se o outro nao passar por cima, continua :-) Os veículos grandes têm prioridade (por uma questao de tamanho mesmo). E os tuk-tuks (ou auto rickshaw, como sao chamados na India) estao e se metem em todas :-) Em horário de trânsito, 5km/h é a velocidade padrao. Um dos grandes problemas de Bangalore é a infraestrutura da cidade, e o trânsito faz parte...

Ônibus nos esperando no aeroporto para levar até a universidade


E lá vamos nós! Olha o primeiro tuk-tuk ao fundo, com toldinho amarelo. É uma espécie de lambreta com lugar para dois passageiros no banco de trás.

Esses caminhoes com gente na traseira eram super comuns, e trafegavam em plena auto-estrada


Faixa na estrada? Que faixa? Cada veículo ocupa o espacinho que estiver livre, seja na direita, na esquerda, ou no meio de tudo :-)

Fila de tuk-tuks esperando por passageiros (eles sao os taxis versao barata - e com adrenalina!)

Moto passa no meio, motorista (eles dirigem no estilo inglês) abre a porta do carro e caminha para pedir informacao, e por assim vai: o importante é que, no final, eles se entendem :-)


Eu adorei essa traseira de ônibus coloridona :-)


Chegando na universidade, fomos direto ao nosso hostel. O pessoal que nos recebeu era de uma simpatia só! O quarto deixava muito a desejar (a cortina nao cobria a janela inteira, deixando entrar claridade pela manha, a cadeira estofada era cheia de manjas de sujeira, o toilete eu limpei com meus paninhos higiênicos que saíram um pouco... marrons). Mas, estando em Roma, faca como os romanos. Entao decidi ignorar os padroes de limpeza que eu normalmente consideraria mínimos (e olha que nao sou cricri!) e fazer parte da experiência.

Meu paninho higiênico depois de limpar o tampo da toilete

Do quarto fomos direto para o refeitório para o almoco. A comida era deliciosa apesar de beeeem temperada (nao, eu nao esperava outra coisa, hehehe).


Depois do almoco, nos dividimos em pequenos subgrupos e fomos explorar o centro da cidade. Transporte? Tuk-tuk, é claro :-)



Chegando ao centro, demos uma boa caminhada explorando ruas e ruelas. Os contrastes sao enormes: do lado de shopping centers super modernos, há também lixo pelas calcadas e lojinhas caindo aos pedacos. Mas tudo colorido e com muita, muita gente! :-)





Adorei a foto do plaza :-)

De noitezinha, voltamos para o hostel e eu acabei indo direto para o quarto, podre de sono. Chegando lá, tomei um banho e fui para a cama. Nisso ouco um zumbido. E outro. Ligo e luz e aaaaaargs! Mosquitos para todos os lados (ok, digamos que eram uns três). Depois de levar uma picada no pé, consegui matar um com a mao (nao sei como...), mas os outros continuavam. Tentei achar por onde eles entravam (o quarto tinha ar-condicionado, entao todas as janelas estavam fechadas) até que descobri: a janela do banheiro ficava SEMPRE aberta, nao havia como fechar. Além disso, a porta que dava para uma sacadinha estava com a tranca quebrada e nao havia como fechar também. Liguei para namorido, cansada, aborrecida e nervosa (porque Bangalore também é foco de Malária - pouco, mas é). Entao, conversando com ele, decidi me mudar no dia seguinte para o hotel onde uma amiga minha (também aluna do MBA) havia decidido ficar. Os outros colegas continuaram achando tudo uma grande aventura. Com a sujeira, eu até passava. Agora, com mosquito nao dá! Como já era tarde, resolvi ir para o hotel só no dia seguinte. Enchiiiiiii o quarto de spray anti-mosquito (incluindo minha roupa de cama e minha pele), fechei a porta do banheiro (colocando também uma toalha no vao inferior) e fui dormir.

Vao da janela do banheiro - o portal de entrada dos mosquitos assassinos

5 comments:

Katia Bonfadini said...

Angie, que bom que está de volta pra contar sobre suas aventuras nesse país tão distante e exóticos! Adorei o tuk tuk e as imagens super coloridas! Adorei a foto da propaganda no ônibus! Menina, eu também odeio zumbido de mosquitos, não consigo dormir de jeito nenhum, é a coisa mais irritante do mundo, né? E a comida temperadíssima???? Na foto, pareceu bem bonita! E por falar em foto, você não quer participar do concurso do blog? Suas fotos são lindas!!!! O prazo pra enviar fotos de viagem é até amanhã e eu adoraria que vc participasse!!!! Beijão!!! Já estou na expectativa do segundo post!

Silvinha said...

Nossa, Angie, pode ter sido apenas Bangalore, mas foi uma aventura! Eu estaria perdida, hahaha

Beijo!

Anonymous said...

oieeeeeee, adorei a parte 1, já estou esperando a continuação... bjinhos, Mí

SandraM said...

Angie, gostoso que voltou com suas narrativas deliciosas. Uma coisa é ouvir falar assim meio por alto ou ler aquelas descricoes de sites/jornais turísticos descrevendo somente o lado bom das coisas.
Super legal é ler e ver suas fotos! Que venga el India II.

Márcia Cobar said...

Oi Angie!
Imagino que depois de tantas horas de voo, jet-lag, comida bem temperada e mto cansaso, uma tropa de mosquitos nao deve ter sido facil de encarar! Mas tudo faz parte da excperiencia e espero que hotel as condicoes tenham melhorado!
Otimas as fotos! Bem vinda de volta a primavera!
Bjim,
Marcia