Chegando em Gällivare, pausa para o almoco, antes de seguirmos para Kiruna.
De Gällivare voltamos para a E10 rumo a Kiruna. No caminho, uma surpresa: nossos primeiros alces!!! Namorido estava dirigindo e eu olhando ao redor até que eu dou um grito: 'aaaaaaaaalce, eu vi um aaaaaaaalce, pára o carro!'. Como nós estávamos na auto-estrada, estávamos na velocidade padrao (120 km/h), entao nao dava para parar de sopetao. Assim, quando o carro parou completamente, já estávamos lá na frente. Olhamos pra trás, olhamos pra frente, e nao vinha carro nenhum. Entao namorido deu meia-volta na rodovia, e lá fomos nós ver se os alces ainda estavam por perto para que namorido pudesse vê-los. E nao é que estavam? :-)
Continuamos o caminho em direcao a Kiruna e, apesar do sol e do calor (eu ainda estava de manga curta), havia lagos no caminho completamente congelados! No final de maio! Uau!
Uma casinha no meio do lago congelado - quando nao está mais totalmente congelado, mas também nao está líquido, como será que eles fazem para chegar na casa?
Lago congelado, céu azul, sol, e eu de camiseta :-) (branca como o lago, mas isso é apenas um detalhe, hehehe)
E, ups! Mais alces no meio do caminho! No início, era novidade pura, e namorido e eu nao paramos de tirar fotos. Por outro lado, eram também um perigo (nosso guia do dia seguinte nos disse que anualmente há mortes por causa de acidentes de carros com alces): eles ficavam do ladinho da estrada, com uma cor de pêlo que se confundia na paisagem. Quando se chegava com o carro pertinho, tchum: eles decidiam atravessar o asfalto! Enquanto namorido dirigia olhando para a frente, eu ficava monitorando as laterais da estrada e soltando 'breeeeeeeeeak' assim que via um ao longe.
Faltando 19km para chegar em Kiruna, decidimos dar ainda uma paradinha em Jukkasjärvi (uma estradinha lateral do lado direito levava até o vilarejo). A grande atracao: o Ice Hotel :-) Claro que eu sabia que o hotel nao estaria mais em funcionamento, mas eu estava curiosa: quando nao é mais frio o suficiente para manter o gelo, o que acontece com o hotel? Some? :-) Entao, lá fomos nós descobrir!
E descobrimos :-) O Ice Hotel é composto de dois hotéis: o de gelo mesmo, e o normal (com calefacao e caminhas quentinhas). O de gelo abre no início de dezembro e fecha no final do mês de abril (e é deixado lá, para derreter devagarinho). A partir do dia 10 de junho, o hotel normal abre as portas para os turistas interessados no sol da meia-noite :-) Em maio, pelo visto, o hotel fica lá, abandonado. Chegamos e nao havia ninguém - nem lojinha de souvenir aberta, nem recepcao do hotel aberta. Fomos passando pelas diversas cabanas que constituem o hotel até chegarmos nas ruínas do Ice Hotel.
Essa é a entrada principal - dava para ver a armacao de um lustre ao fundo. Acho que eles colocam todo esse gelo na entrada para que ninguém tenha acesso ao interior - já pensou o teto desabando na cabeca?
O ladinho da capela, com o fundamento feito de blocoes de gelo (cortados do rio Torne que congela no inverno)
Com a luz do sol, o gelo ficava com uma coloracao linda!
De noite, eu dei uma pesquisada no tripadvisor: afinal, como as pessoas fazem para fazer xixi no hotel de gelo? Eles dormem na cama de gelo? Tem colchao? Tem porta? Tem janela? E achei minhas respostas no relato de uma senhora (que, aliás, estava desapontada). Ela conta que o hotel recomenda que se passe uma noite no hotel de gelo, e as outras noites nas cabanas com calefacao. Nao é possível deixar bagagem ou mala no quarto do hotel de gelo. Essas ficam num quarto de bagagens do hotel normal (ou seja, nada de levar a malinha para o hotel de gelo e desempacotar pijama de pelúcia por lá). Nao há banheiros. Para fazer xixi, tem que sair e ir no banheiro que fica do lado de fora. Portas, nao há, só cortinas! As suítes e os quartos (onde dormem 8 pessoas - só as suítes sao para duas pessoas) estao abertos para visitacao até de noitezinha, e também pela manha. Ou seja, o check-in é tarde, e o check-out é cedo. Para dormir, é colocado um colchaozinho sobre a cama de gelo, e se entra num saco de dormir para aguentar o frio (que, no hotel de gelo, é sempre cinco graus negativos).
Outra coisa que eu achei super estranho é que, em dezembro, o hotel ainda está em construcao. Entao teve um casal, por exemplo, que foi no meio de dezembro e nao viu o bar (da Absolut Vodka) porque ainda nao estava pronto, nem a capela! Decepcao total (até porque o preco continua meeeeeega caro!).
Bom, depois de termos visitado as 'ruínas' do Ice Hotel, finalmente chegamos em Kiruna. Como eu disse, nós nao havíamos planejado essa viagem, e eu nao tinha a menor idéia de como seria Kiruna. Só sabia que havia uma grande reserva natural pertinho da cidade. O que eu nao esperava (mas fotos, só amanha) é que a cidade é construída quase em cima de uma imensa mina de ferro! Eu achei que chegaríamos numa cidade cercada de árvores e natureza. Que nada! Ferro, ferro e ferro! Uma montanha preta enoooooooooooooooorme como paisagem! No dia seguinte, perguntei para o guia: 'por que eles deixaram construir uma mina de ferro aqui, pertinho de uma reserva natural?'. Ele olhou para mim e disse: 'A mina de Kiruna é a maior mina de ferro do mundo!'. Ok, nao precisa dizer mais nada, entendi!
Como estávamos fora da estacao, foi difícil achar um hotel (achamos que todos os hotéis já estavam reservados, mas na verdade, a maioria deles estava era fechado esperando o início da nova estacao comecar). Entao ficamos no Hotell Vinterpalatset - que nao, nao era um palatset, mas era limpo, bem confortável e tinha um preco ótimo!
Depois de fazermos o check-in, fomos dar uma volta pela cidade e procurar um lugar para tomar um café. Eu achei, no mapa de Kiruna que pegamos no hotel, que havia um local que possuía um 'café fantástico' (ett fantastikt gott kaffe). Entao lá fomos nós. Com um vento friozinho, estávamos bem felizes que logo, logo estaríamos degustando um café fantástico. Qual nao foi nossa decepcao quando chegamos ao lugar e... vazio!!! O café fantástico faliu!!! Por sorte achamos outro que estava delicioso - e que tinha doces gostosos também :-)
Tremulando, as bandeiras da Suécia, da Comunidade Européia e a do povo Sami
Mais tarde, fomos jantar no Restaurante City, indicado pelo nosso hotel.
Como quem está na chuva é para se molhar, lá fomos nós: carppaccio made of moose [carppaccio de alce, tadinhos!]
E meu prato principal: spice marinated reindeer with gin flavoured lingonberries and potato and cheesecake [rena (sim, eu comi Rudolf!) marinada acompanhada de amora alpina com gin e cheesecake - que, na verdade, era mais uma batata gratinada]
Tadinha da rena! E, definitivamente, carnes diferentes nao sao do meu gosto... Ainda mais se for Rudolf!
Depois da janta, caminhada para digerir a comilanca e, como ainda era dia claro, visita a igreja de Kiruna. Ela foi construída em 1912 (LKAB - patrocinada pela companhia que extrai o ferro) e é um dos maiores prédios de madeira da Suécia. De acordo com o wikipedia, ela foi votada como sendo a mais bonita igreja sueca.
5 comments:
Muito legal esta parte da viagem! E que saudades do frio...
Eu não sei se não experimentaria o Rudolph... mas coelhos estão definitvamente fora da minha lista :P
Beijo!
Super legal!!!
Legal ver o GPS mostrando a latitute:D
Eu ainda fico com uma carninha de porco e com uma vaquinha!! rsrs
Bjo!!
Angie, que máximo poder viajar com você por lugares tão diferentes!!!!! Uma viagem pelo interior da Suécia foi algo que nunca cogitei... mas deve ser super interessante! Aliás, o mundo todo é super interessante!!!!!! Ai, como eu queria viver viajando!!!! Como sempre,as fotos das comidinhas estão lindas e o hotel de gelo, hein? Eu adoraria me hospedar nele, mas imagino que o frio do inverno em Kiruna deve ser assustador!!!!! Um grande beijo!!!!
Muito legal...
..os lugares são muitos lindos, as comidas devem ser deliciosas me deu até água na boca!!
Abraços,Giovana
Gentiiiiii!!!!!!!
Meu, nao sei nem o que comentar! Estou aqui totalmente sem fala(sprachlos!!) Lindas foto, lindo lugar, aventura barbarrrrrrrrrrrréééééééééééérima!!
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